sexta-feira, 23 de abril de 2010

Falhas nos trens do metrô provocam atrasos e transtornos

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Quem depende do serviço de transporte não teve um começo de dia agradável. Dessa vez, foram mais dois problemas: na tração e nos freios. Ou seja, não andava nem parava. Correria, confusão, indignação. “Dois trens quebrados na Estação Guará. Só deu pra chegar agora”, reclamou um usuário. “Tá horrível, uma negação”, acrescentou outra passageira. Para quem depende do metrô, a sexta-feira começou com atrasos em efeito cascata. Às 7h30, um trem que passava pela Estação Taguatinga Sul teve um problema nos freios. Houve cheiro forte de queimado, saiu fumaça e todos tiveram que descer. Em seguida, às 8h, outro trem que passava que pela Estação Feira do Guará teve problemas de tração. Em função disso, um terceiro trem foi tirado de circulação para rebocar os outros dois para a sede do Metrô, em Águas Claras. De acordo com a direção, a situação foi normalizada às 8h30. Mas, para os passageiros, essa solução não foi tão imediata assim. A plataforma da Estação Feira do Guará ficou lotada. Como os trens começaram a passar cheios, a espera era maior do que o normal. Na Estação Rodoviária parecia horário de pico, mas não era. Os passageiros que tinham ficado pelas estações, sem trem, desembarcavam atrasados e irritados. “Ficamos muito tempo lá, esperando. Os trens estavam todos lotados. Aí, teve que dar uma parada por mais de uma hora. Já estou duas horas atrasada”, contou uma usuária. Onze dias atrás, um trem descarrilou perto da Estação Terminal de Ceilândia e foi guinchado. Enquanto o problema era resolvido, os passageiros tiveram que fazer uma baldeação para chegar em casa. Segundo o Metrô-DF, o aparelho que determina a mudança de via estava alinhado. Mesmo assim, o trem saiu dos trilhos. Uma sindicância foi aberta para investigar o acidente. Na mesma semana, o Sindicato dos Metroviários afirmou que peças com defeito não estariam sendo trocadas e que remendos poderiam causar acidentes e atrasos. “O Metrô não tem efetuado a troca dos equipamentos. O que tem é simplesmente remendado”, denunciou o secretário do Sindimetro, Cassiano Silva. A direção do Metrô-DF negou as acusações. Disse que faz manutenção, mas para revolver o problema só com a chegada de novos trens. Enquanto isso não acontece, os passageiros precisam aguentar. “O interessante é que quem faz isso aqui não anda. Se andasse, fazia um trilho de escape. Uma coisa tão simples, né?”, criticou outro usuário. Em junho de 2008, a Secretaria de Transportes anunciou a compra de 12 trens, com quatro vagões cada, para reforçar o sistema. O empréstimo foi feito com o BNDES, no valor de R$ 265 milhões. Passados quase dois anos, o primeiro trem deve chegar entre maio e junho.


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