Trens do metrô estariam circulando com peças defeituosas

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Pilotos do metrô trabalham com medo. Segundo o Sindicato dos Metroviários, peças com defeito não são trocadas, passam por remendos, o que resulta em acidentes e atrasos. Para não deixar os passageiros na mão após o descarrilamento de um trem na última terça-feira, dia 13, a empresa resolveu fazer a baldeação de linhas. Mesmo longe de seu destino, a passageira é obrigada a descer do trem. “Aí desce, atravessa a plataforma para pegar outro trem”, detalha uma passageira. A via paralela àquela onde ouve o acidente está funcionando nos dois sentidos entre a estação Terminal Ceilândia e a Guariroba. A baldeação tem dado dor de cabeça aos usuários. “Eu tenho uma entrevista de emprego e estou atrasado por causa do trem”, conta um estudante. “Eu vou de ônibus, é muito melhor”, avalia outro. Ontem, um piloto chegou a ser agredido por um passageiro e ficou ferido. O piloto pediu que os passageiros descessem por causa de um problema de tração no motor do trem. Os vagões e a plataforma estavam lotados. Os passageiros se revoltaram e agrediram o piloto que acabou seguindo até a estação da Guariroba, de onde o trem volta no sentido inverso. O Sindicato dos Metroviários diz que o trem teve o mesmo problema na segunda-feira. “O Metrô não teme efetuado a troca dos equipamentos, o que tem é simplesmente remendado”, afirma o secretário do SindiMetrô, Cassiano Silva. A empresa nega e diz que peças importantes estão sendo trocadas, mas para resolver mesmo só com a chegada dos novos trens. “Hoje, qualquer falha que eu tenho em um trem, me complica todo o sistema. Não é usual um metrô trabalhar com 100% de sua capacidade”, conta o diretor de operações do metrô, José Dimas. “Uma vez que um funcionário trabalha inseguro, o risco de acidentes tende a aumentar”, opina o piloto Luciano Soares. “Morei 23 anos em São Paulo e a gente sabe que lá é difícil a condução, que é muita gente, mas nunca fiquei parada dentro do metrô. Aqui em Brasília, se você pegar o metrô de manhã é um horror”, conta a doméstica Francisca de Carvalho. A previsão é de que os doze novos trens já comprados comecem a chegar em junho.

Fonte: DFTV - Rede Globo