Os metroviários do Distrito Federal decidiram, em assembleia realizada na noite desta quinta-feira (12), manter a greve da categoria que já dura 33 dias. A paralisação dos trabalhadores do Metrô-DF, iniciada no dia 12 de dezembro, é a mais longa já registrada na capital federal. Na quarta-feira (10), o Sindicato dos Metroviários enviou um pedido de negociação à direção do Metrô e ao governo do DF. No entanto, o sindicato alega que o pedido não foi atendido. A categoria agendou nova assembleia para segunda-feira (16). A direção do Metrô-DF e o Sindicato dos Metroviários informaram que aguardam o julgamento de uma ação de dissídio coletivo da greve, marcado para terça-feira (17), no Tribunal Regional do Trabalho. O ponto dos grevistas está cortado e os dias parados serão descontados do salário dos funcionários. O Metrô-DF afirmou, por meio de sua assessoria nesta quinta-feira, que não tem previsão de apresentar nova proposta porque já teria apresentado o que poderia oferecer aos trabalhadores. No dia 2 de janeiro, o governo do DF ofereceu tentativa de acordo que consistia em começar imediatamente a discussão da data-base, marcada para o fim de março. Em troca, os grevistas voltariam ao trabalho, mas os dias de paralisação seriam descontados. Os grevistas alegam que o acordo coletivo não foi cumprido e que houve fraude no Plano de Emprego e Salários dos funcionários. Além disso, reivindicam melhorias no sistema de trens, estações e manutenção e igualdade em relação aos benefícios conquistados por funcionários da Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb), Companhia Energética de Brasília (CEB) e outras empresas do governo. O Metrô-DF disse que a greve não tem justificativa, uma vez que toda a pauta da categoria está sendo cumprida desde a última negociação. Além disso, afirmou que não seria possível equiparação com outros servidores do GDF porque as atividades têm natureza diferente e fontes de pagamento distintas. De acordo com o Sindicato dos Metroviários, a greve tem entre 80% e 90% de adesão da categoria. Apenas nove dos 24 trens do metrô estão funcionando em horário de pico.
Fonte: G1
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