segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Três pessoas morrem atropeladas em uma linha de trem de São Paulo

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A polícia de São Paulo investiga o atropelamento de trabalhadores que prestavam serviço para Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Três homens morreram andando sobre os trilhos. Eles tinham acabado de fazer testes com novos trens que a empresa está comprando e não perceberam a chegada de uma composição, que é elétrica e quase não faz barulho. Quatro homens passaram a noite de sábado (26) para domingo (27) testando novos trens espanhóis comprados pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Depois do serviço, eles caminhavam sobre a linha quando foram surpreendidos pela chegada de um trem em uma das linhas da companhia. Foi entre as estações Tatuapé e Brás, às 4h25 de domingo. Morreram na hora o espanhol Jose Julian de Dios Claramunt, funcionário de uma multinacional, e os engenheiros Sergio Eduardo Batista de Oliveira e Marcio Luis Alves de Souza. Outro engenheiro, Cauê Gruber, sobreviveu com ferimentos leves. “Eles trabalham à noite. É uma situação difícil para as pessoas, elas às vezes estão meio sonolentas, retornando de uma atividade que haviam acabado de fazer e talvez estivessem distraídas ao ponto de não perceberem a composição, que por sinal não fazia barulho. São trens elétricos que não fazem barulho de aproximação”, contou o delegado Valdir de Oliveira Rosa. Depois de passar pelo pronto-socorro e de fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML), o único sobrevivente voltou para casa, em São Bernardo do Campo. O engenheiro Cauê Gruber, de 29 anos, machucou o ombro, o joelho e a mão e está em estado de choque. Ao pai, ele contou que ainda tentou salvar um dos colegas. “Ele sentiu um ruído e uma vibração no trilho, olhou para trás, viu o trem muito próximo e só conseguiu gritar. Ele ainda conseguiu alcançar e colocar a mão em um dos rapazes, ele nem lembra quem foi, e aí veio o trem. Ele feriu a mão, porque o rapaz foi levado junto na colisão”, disse Helmut Gruber, pai do sobrevivente. Em nota, a CPTM afirma que caminhar sobre a via dos trens é proibido e somente funcionários que fazem serviços no leito da ferrovia podem transitar sobre as linhas. Coletes que refletem a luz são obrigatórios. A empresa afirma ainda que vai apurar o descumprimento de normas de segurança. No inquérito, a polícia vai investigar por que os trabalhadores caminhavam pela via e por que não usavam equipamentos de segurança. Abalado com as mortes, Seu Helmut está aliviado de saber que Cauê se salvou. “Foi um milagre isso que aconteceu, com certeza”, disse o pai do sobrevivente.

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